segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A ansiedade e o adolescente

A ansiedade pode ser definida como um conjunto de reações fisiológicas, sensoriais e psicológicas, que se manifestam em situações diversas da vida humana.
TOC- Os pensamentos obsessivos são idéias ou imagens recorrentes que dispertam intensa angústia em função do seu conteúdo proibido e aflitivo. As compulsões são comportamentos específicos ou rituais mais elaborados que se repetem.
Transtorno do pânico-Embora o transtorno do pânico seja bastante incomum na infância, na adolescência pode ser observado com maior freqüência. Esse transtorno caracteriza-se pela ocorrência de ataques de pânico de intensa ansiedade, início súbito, recorrentes e grande sofrimento com sensações de falta de ar, vertigem, palpitação, tremores, náusea, formigamento e medo de morrer ou enlouquecer. Os adolescentes, no ataque de pânico, associam principalmente a sentimentos surgidos durante a experiência de apreensão.
Assim como acontece em outros quadros psicopatológicos, o transtorno do pânico pode passar imperceptível aos olhos de educadores e familiares em função da dificuldade que crianças e adolescentes possuem para verbalizar de forma explícita uma situação de sofrimento psíquico.
Depressão- No adolescente o quadro clínico se assemelha mais aos adultos, com desesperança e sensação de que as coisas não vão mudar, o que se reflete na elevação da prevalência de suicídio e tentativa de suicídio a partir da puberdade.
O adolescente pode ou não ter aparência triste ou cansada e preocupada.
TDAH- No adolescente diagnosticado com TDAH, observa-se um relato associado de agressividade e impulsividade. Sobre esse dado é necessário fazer uma análise bastante cautelosa para que não ocorra o erro de atribuir o rótulo de agressividade.
Esquizofrenia- A atual compreensão da esquizofrenia na adolescência, assemelha-se as manifestações observadas em adultos, pensamentos delirantes, alucinações, discurso desorganizado e severo retraimento por um período mínimo de 1 mês.
As alucinações visuais e auditivas são experimentadas de forma assustadora.
O pensamento delirante é também característica fundamental da esquizofrenia. O delírio pode ser entendido como uma conclusão a respeito de si mesmo, dos outros ou das situações que não podem ser validados em decorrência do seu conteúdo estranho ou impossível.
Transtornos de linguagem e comunicação na adolescência- Apesar de estarem relacionadas quando analisadas de forma abrangente, a comunicação, a linguagem e a fala, podem ser associados minuciosamente quando houver necessidade em aferir possíveis distúrbios no desenvolvimento da linguagem.
Os transtornos da linguagem relacionam-se as dificuldades apresentadas por crianças ou adolescentes na aquisição, compreensão ou expressão da linguagem falada ou escrita. Podendo envolver manifestações fonológicas, morfológicas, semânticas, sintáticas ou pragmáticas do sistema lingüístico que, de modo geral implicam num comprometimento no processamento de sentenças ou má abstração de conceitos de modo significativo e efetivo para a memorização.
Transtorno fonológico- Esse transtorno inclui dificuldade na fala, em decorrência de erros na produção de sons, substituições ou omissões. O transtorno fonológico, também traz graves conseqüências ao desempenho escolar, dificuldade de socialização com grupos e em casos mais graves, quadros de depressividade associados de auto-imagem frágil.
Transtorno de conduta- Não é possível pensar em critérios pré-estabelecidos, entretanto, é fundamental pensar na agressividade sem perder de vista a dimensão relacional ou seja, entender como e de que modo a manifestação aparentemente “agressiva” pode se constituir num recurso de sobrevivência ou busca da autonomia em alguns casos.
Faz-se necessário olhar para a atitude agressiva do adolescente buscando nela um entendimento, uma compreensão sobre o seu significado e sentido como recurso desenvolvido para se relacionar com o mundo.
Do ponto de vista da psicopatologia, a agressividade preocupa, podendo tomar-se característica do “transtorno desafiador opositivo” quando vem acompanhada de outras características.
Quando a agressividade passa a ser tratada e abordada apenas como uma característica indesejada e que deve ser corrigida, corre-se o risco de não compreender de que forma as atitudes agressivas se constituíram como recurso no mundo do adolescente.
Ao contrário do que se possa imaginar, a atitude desafiadora e opositiva, também pode vir acompanhada de um sofrimento e desamparo. No caso da criança e adolescente, a socialização pode estar comprometida, bem como a formação e manutenção de veículos afetivos.

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