segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PSICANÁLISE

O fundador da Psicanálise foi um médico austríaco, Sigmund Freud, nascido em 1856. Estudou medicina e após o término do curso dirigiu-se a Paris para especializar-se em neurologia. Tornou-se então aluno do Dr. Charcot, que exerceu sobre Freud influência decisiva, principalmente por Charcot acreditar que as doenças mentais eram originadas de certos fatos passados na infância dos indivíduos doentes e para fazer com que seus pacientes narrassem fatos do seu tempo de criança, Charcot usava a hipnose e assim o médico com conhecimento de certos episódios emocionais na infância, descobriria as causas de suas doenças.
Em Viena, Freud associou-se ao Dr. Breur e ambos usavam o método de Charcot, isto é, hipnotizavam seus doentes de modo que contassem fatos de sua infância. Esse relato fornecia dados que auxiliavam no diagnóstico da doença e aliviavam o paciente libertando-o de alguns sintomas, a angústia, a agitação, a ansiedade, etc. Chamavam esse método de catarse. Notaram porém que essa cura era transitória, logo apareciam outros sintomas de perturbação.
Em 1922, Freud definiu a Psicanálise como um procedimento que servia para investigar processos anímicos dificilmente acessíveis por outras vias, um método de tratamento das perturbações neuróticas, fundado nessa investigação e uma série de concepções psicológicas, obtidas por esse caminho, que pouco a pouco foram se constituindo em uma nova disciplina científica. Freud, caracteriza a Psicanálise em função de uma teoria, um método e uma técnica.
Defini-se como teoria o sistema conceitual. Uma teoria se constrói a partir dos fenômenos, tentando revelar o sistema que o produz.
A partir do sintoma, do sono e do ato falho, Freud constrói uma teoria do aparelho psíquico.
O método em Psicanálise, é a associação livre e possibilita a passagem de uma teoria geral de um processo (teoria da elaboração onórica) para a compreensão de um fenômeno particular. Ou num nível mais amplo, a passagem de uma teoria geral do sujeito para o estudo de um sujeito singular e das determinações que o constituem. É a relação entre objeto teórico (teoria do inconsciente), com sua objetivação como método (associação livre, atenção flutuante) e determinação de uma técnica, o que permite transformações e articulações sobre a realidade.
Um instrumento técnico, a castração, com a qual se tenta descobrir situações históricas do paciente que possam estar determinando seu padecer atual.
Uma técnica não pode ser compreendida ou aplicada se os conceitos que a fundamentam são desconhecidos. Toda prática tem um efeito que lhe é especifico. No caso da Psicanálise, isto abre a questão do projeto terapêutico. Mencionando algumas das propostas que Freud foi elaborando ao longo de sua experiência, que são fazer consciente o inconsciente, resolver fixações infantis, colocar menos energia a serviço das defesas, ter mais capacidade de realizar sublimações e em última instância, melhorar as transações que o eu deve fazer constantemente ante as exigências contraditórias que lhe impõem o isso, o super eu e a realidade exterior.
Resumindo, a Psicanálise para Freud é uma técnica, um método terapêutico e um conjunto de concepções psicológicas convertendo-se em uma ideologia relevante frente a crise ideológica, isso faz com que em muitos pacientes encontraremos não um branco em sua história, mas um texto que vem recobrí-la.

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